Saído de Tomar por volta das 8 da manhã, porque não queria que o Paulo Almeida, que tanto se preocupa connosco, esperasse por nós, lá segui pela A25 fora, direito a Castelo Branco decidido a provar ao meu condutor que se não obtemos melhores lugares, a culpa é dele e não minha, que eu bem me esmifro para que estes cavalitos que tenho não lhe sirvam de desculpa para a falta de unhas, que embora ele deixe crescer e me arranhem o volante continua a não as ter. Mas naaaa.......decididamente isto não ia bem, nada era normal, mais suavidade, menos peso, mais carinho na caixa de velocidades, sem cheiro a tabaco, carregas aqui, desmarcas ali, e a coisa começou a não me cheirar bem. Espanto dos espantos por volta de Abrantes vejo um Opel amarelo e branco a começar a ultrapassar-me, e sentado ao volante, o descarado do condutor que eu com tanto esforço levei ao final de todos as provas que fizemos, todo contente de sorriso nos lábios... Ferveu-me tudo: água, óleo até a valvoline do diferencial e de tão danado ia que resolvi tomar uma atitude, amuei por volta de Ponte de Sôr. Isto é demais! Nem uma palavra de despedida, nem um obrigado pelo esforço, nada, nada!! Vão mas é a pé! e parei. Todos na rua à minha volta, palpites a torto e a direito, capot aberto, ferramentas por tudo o que era sítio, velas dentro, velas fora e o palermóide que me tinha trocado com uma trombeta que chegava ao chão, cheio de salamaleques e explicações para as duas moçoilas que por ali também andavam. Mas, passado 1 hora, mais calmo pensei: Chegar a Castelo Branco chegas..... mas vais aos soluços! Tudo em bicha atrás de mim... ele era Opel Bmw e Toyota e eu soluço aqui, raté ali, a gozar com a festa embora um pouco chateado com a partida que ia a fazer ás rapariguinhas que cheias de esperança lá iam para ver se conseguiam aprender alguma coisita. Lá chegámos atrasados, que ninguém o manda ser ingrato! Novo aparato: mais chaves , velas novas, bitaites para aqui , bitaites para acolá e eu a pensar.... moi-te que vais andar mas é como eu quero. O figurão, danadinho de todo, lá ia dando explicações a toda a gente dizendo: Comigo nunca aconteceu! como se a culpa fosse das cachopas.. Elas não tinham culpa de tamanha ingratidão mas eu tinha de lhe fazer sentir o quanto magoado estava. Ponderei, peguei novamente, o figurão foi dar umas acelaradelas como quem diz: quem manda aqui sou eu (inocente!) e resolvi alinhar para a segunda volta . Entre falhas não falhas, andas não andas, com paciência as meninas lá conseguiram chegar ao fim. E como o "Sr. professor", é o que o José António lhe chamou (não sei onde foi buscar o raio dessa ideia, porque até a carta de condução lhe saíu na farinha Amparo), não me ligou mais nenhuma, veio para Tomar atás de mim a 80 a descer 60 a subir , que eu quando quero também sei fazer de mula. Mas como sempre, cheguei! Que me perdoem o Paulo Almeida , o José António e todos os outros amigos que gostei de ver , mas isto de quem não se sente não é filho de boa gente é bem verdade, mas ele tinha que sofrer. Muito obrigado ao Paulo Almeida por mais este mimo. Aqui me despeço de todos , agradeçendo as palavras de incentivo que sempre me deram, esperando que quando o "sr.professor" se fartar do brinquedo novo se volte a lembrar de mim. Até sempre! O Toyota Starlet
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