O Vinci GT, um desportivo de alta performance totalmente desenvolvido em Portugal, demonstrou as suas capacidades no Circuito da Boavista, que decorreu este fim-de-semana, no Porto. Com efeito, o Vinci GT saiu para a pista no sábado, 14 de Julho pelas 12,30 horas, onde participou no desfile de clássicos e foi aplaudido por profissionais e pelo público em geral.

O Vinci GT é um projecto desenvolvido pela Retroconcept – Concepção e Engenharia, Lda em colaboração com o CEIIA - Centro para a Excelência e Inovação na Indústria Automóvel, sendo o primeiro de uma série de automóveis de nicho que a Retroconcept se propõe desenvolver e fabricar.

O protótipo funcional foi apresentado na sexta-feira, 13 de Julho, no Circuito da Boavista, onde, após um problema técnico prontamente resolvido, circulou pela primeira vez, demonstrando todas as potencialidades resultantes de um intenso trabalho que envolveu 15 mil horas de engenharia, desenvolvido por uma equipa de mais de 30 técnicos altamente qualificados.

O protótipo português mostrou toda a sua garra em pista, ao participar nos desfiles, tendo merecido as felicitações e os elogios de inúmeros profissionais ligados ao sector e várias personalidades públicas. Rui Rio, presidente da Câmara Municipal do Porto, que conduziu o Vinci GT no sábado de manhã, gabou as linhas desportivas deste protótipo português e o facto de ter sido integralmente desenvolvido por uma empresa portuguesa e pelo CEIIA.

No domingo, 15 de Julho, foi a vez de dois conceituados pilotos conduzirem o Vinci GT, Rodrigo Gallego e Nanni Galli, que, mais uma vez, lhe concederam os maiores elogios. Rodrigo Gallego, campeão mundial de Fórmula 1 Historics FIA, sublinhou o “design perfeito, o ar agressivo e atractivo, e o motor bastante forte e muito rápido a arrancar e a desenvolver. É um automóvel muito desportivo e fácil de conduzir, que tem todas as possibilidades de vir a ser um êxito”. Por seu lado, Nanni Galli, antigo piloto e membro do Clube de Antigos Pilotos de Fórmula 1, enalteceu acima de tudo, “o comportamento dinâmico deste protótipo funcional”.

António Matos Chaves, personalidade reconhecida no mundo automóvel, que conduziu o Vinci GT fora de pista, salientou a beleza das suas linhas, a óptima posição de condução e os extras incluídos no equipamento: “é um carro bastante agradável e que terá decerto grande sucesso comercial” Segundo Cardoso Lima, presidente da Federação Portuguesa de Automóveis Antigos, o Vinci GT “representa um bom exemplo da conjugação de design moderno com a concepção inspirada nas linhas dos anos 60 e 70. É um clássico que vai marcar uma época”.

Já para Álvaro Castello Branco, presidente da Agência de Energia, “é extraordinário que exista um projecto como este, inteiramente desenvolvido em Portugal, incorporando este nível de tecnologia, design e inovação. Isso faz com que o Vinci esteja entre o que de melhor se faz no mundo no sector automóvel e constitua um exemplo da capacidade de engenharia que Portugal possui”.

Foi generalizada a opinião de que a apresentação do Vinci GT no Circuito da Boavista constituiu um marco histórico, pois representou um passo muito importante no sentido de afirmar a capacidade tecnológica e inovadora de Portugal no Mundo. De resto, já o Secretário de Estado da Indústria e Inovação, Castro Guerra, referira que o projecto Vinci “demonstra que Portugal tem capacidade para conceber e fazer carros. Temos perante nós um automóvel em condições de passar para a fase industrial”, salientando ainda a importância que este tem para o CEIIA e para o cluster automóvel no nosso país.

Para o deputado europeu José Silva Peneda, “este projecto demonstra que Portugal pode vir a ser tão bom como os melhores nas áreas mais sofisticadas do desenvolvimento. A receita serve de lição: sonhar, acreditar com uma grande convicção nas próprias capacidades e a aplicação de uma grande dose de trabalho, entusiasmo e profissionalismo e…aí temos uma grande contribuição para alimentar a nossa auto estima !!!”.

Com um motor V8 dianteiro de 6.000 cilindradas e 475 CV de potência, o Vinci GT tem nos “golden years” de 60 e 70 a sua herança estilística que, em conjunto com a mais avançada tecnologia do CEIIA, resultou num “automóvel de sonho”. O Vinci GT conjuga desenho exclusivo, código genético desportivo e inovação tecnológica, que resultaram num retro concept, ou seja um automóvel de estilo retro, mas moderno, desportivo e de alta performance, de linhas equilibradas e harmoniosas, utilizando a mais avançada tecnologia automóvel.

Demonstradas as capacidades técnicas do modelo, os mentores do projecto prevêem avançar de imediato para a fase de produção, para que este primeiro coupé desportivo inteiramente concebido e desenvolvido em Portugal seja produzido até ao limite de 100 unidades.