Alfa Romeo Giullieta Sprint Spéciale
  VII Rally Ciudad de Vigo
 Eduardo Sánchez
 30-09-2013 às 12:27
  Rali das Donas.
 Eduardo Sánchez
 20-06-2013 às 09:02
  Passeio Clássicos Alentejo 24 a 26 Maio
 camposerrabrava
 25-04-2013 às 10:56
  6º dição Passeio Road Book Santa Maria da Feira
 Abílio Gonçalves
 23-01-2013 às 18:44
  Rally Fm d''Ano Figueira Foz 2012-13
 Abílio Gonçalves
 25-11-2012 às 21:22

 Crónica de uma viagem à Retromobile 2007

´

 

O Paulo Almeida pede-me para fazer um “compacto” mais pormenorizado da viagem à Retromobile 2007.

Como já vos disse "por aqui e por ali", saio de S. João da Madeira, sábado 17.Fev. 07, com o Delfim Pinho e o Luís Castro num 2 CV (carregado até às orelhas - ou se preferirem até à capota!), para Riba de Ave, onde o Joaquim Abreu nos aguarda no VW Golf GTI de 1981 que este ano elegemos como sendo o Clássico para nos deslocarmos àquele certame francês.

Almoçámos, e bem (como não podia deixar de ser!), no restaurante Bandeirinha do amigo Júlio. Eram 14h30 quando saímos em direcção à A.7 via fronteira de Chaves, onde em Verin apanhámos uma nova "auto-via" até Burgos, para aqui encontrarmos a direcção para Victoria e claro Irun / Handaia e em França A.10 e N.10 em direcção a Paris.

Mas vamos mais devagar... depois de mais ou menos 350 kms (+/- porque descobrimos que o conta-kms não está em condições!), já na A.66 em Espanha, está gasto o 1º tanque de combustível, pouco depois de um susto - é que o fotógrafo da guarda civil estava lá para verificar se estávamos apresentáveis, isto é, bem vestidos e barbeados!!! O Quim, que nesta altura conduz, está atento e uma travagem forte coloca o conta-kms a velocidade de cruzeiro e tudo se passa bem.

Entretanto abastecemos e verifica-se o nível do óleo por precaução. Alarme! A vareta nem marca – põe-se ao nível, baixamos o ritmo e em Burgos nova olhadela. Falta pouca coisa e decide-se ir assim até ao hotel, em Victoria. Check-in e passámos ao restaurante para o habitual “chuleton”!

De manhã, calmamente, lá vamos até França e como o ritmo é mais lento só vai precisar de óleo em Bordeux, onde chegámos à hora do almoço. Almoço no “truck-stop” e vamos procurar um amigo que encontramos habitualmente nas “retro’s”, até na Automobilia de Aveiro ou na Exponor. Fica admirado de conseguirmos chegar a casa dele com a morada que me tinha dado (não usámos gps!), e convidados a entrar damos-lhe uma “botelha de Porto”, enquanto nos mostra as viaturas prontas para levar para a Retromovil (em Madrid).

Despedidas feitas e decidimos fazer final de etapa em Tours.

Hotel habitual, jantar na praça central desta cidade. É que a “Tours Vieux” é espectacular e nunca deixamos de lá ir.

Segunda-feira de manhã, visita também habitual ao estabelecimento de um francês amigo, onde já fizemos compras. Desta vez encontramos um raro Ford Escort RS turbo – raro, por terem sido fabricadas poucas unidades – e julgo que chegou a ser cá campeão nacional de velocidade no fim da década de 80, e ainda um Panhard, julgo modelo CT 24 (coupe), ambos em muito bom estado, ao contrário de um Peugeot 201 mais “rendilhado” que as usadas rendas da avó! Bom, decidimos no regresso – mas ainda estamos em conversações…

Vamos até Paris, directos ao hotel e preparar para jantar em casa duns primos do Quim.

Terça-feira de Carnaval é dia de Retromobile. As imagens estão suficientemente legendadas, mas feira para nós é o motivo de irmos a Paris todos os anos nesta época. Contactamos sempre o amigo Carlos Gomes, que está na feira nas revistas do grupo Michel Hummel, mas está a fazer um rali em Marrocos. Não há problema, encontra-se a esposa que recebe com satisfação a garrafa de vinho do Porto reserva e um queijo da serra, como habitualmente!

Já sabem que vamos habitualmente desde 1998 em carro Clássico, embora este ano no mais recente que já utilizámos. Desde a Citroen Traction (arrastadeira) - duas vezes, ao VW carocha de vidro oval e setas, ao Austin A 40 (o “pior” em que fui – é que a minha cubicagem e do Quim não é adequada àquela viatura com mais dois amigos!), ao Volvo PV 444 que nos conhecem das regularidades e a um Mercedes 180 diesel de 1956 – algumas vezes também. Mas são histórias longas, pois cada ano tem os seus “acontecimentos”.

Também já lá foram compradas viaturas por duas vezes e dividimos a equipa e os Clássicos vieram a rolar.

Mas antes desta explicação para perceberem o que nos move nesta semana, passamos a quarta-feira que chamamos de dia livre – visita à “baixa” de Paris porque Paris é sempre Paris!

Quinta-feira, e de novo calmamente, começámos a descer. Assim chegámos a Tours e vamos almoçar para depois passarmos no amigo de novo. Pedimos-lhe para nos arranjar um aditivo para o óleo do motor – não tem, telefona a um amigo do bricomarché que vem ter connosco. Pois é! Estamos em Tours! Portugueses? Ah bom, corri em Lousada, em Castelo Branco (atenção Paulo, na tua terra!) nos autocross’s europeus num tt com motor Porsche. E não te lembras do Quim, no Porsche 4x4? Ah, “mais oui”! Pergunto-lhe: «és tu que és casado com uma portuguesa da Póvoa de Lanhoso?» «Sim sou» – pois então és cunhado e tio de uns clientes meus!!! Resultado: nova garrafa de Porto para um brinde, vou com ele ao brico oferece o aditivo e entretanto são 17h.

Belas horas para quem quer vir dormir a Victoria!

Desde domingo à tarde que sou eu que conduzo (ainda quando vamos para Paris) – para dar descanso ao meu piloto para a época regularista 2007! – E há que “apertar” nas landes, para chegarmos a tempo ao jantar (hora espanhola) a Victoria.

Na sexta-feira como temos tempo esperámos pela equipa de Leiria que “vagarosamente e pacientemente” vem também de regresso a casa num Renault 4 CV – sim senhor um “joaninha” – aliás, como prova a fotografia! Despedidas feitas, ficámos a atestar, verificar níveis, porque agora também precisa de um pouco de água (!), abastecemos e fazemo-nos à estrada.

Agora vem a história da lebre e da tartaruga! Passo por baixo da auto-via, esgoto segunda, a terceira não entra, puxo o pedal de embraiagem com o pé mas não adianta nada – estamos sem embraiagem. Deixo ir o Golf até conseguir um bom espaço para parquear. O Quim e o Luís fazem de imediato o diagnóstico: cabo de embraiagem partido. Conseguem amarrar um esticador, que encontro no chão por sorte (senão tinha de “desarmar” a bagagem toda, uma vez que a ferramenta esta toda junto do pneu sobressalente), dizia, amarram o esticador para que fique desembraiado. Solução: «engatas com o carro desligado, dás à chave e depois metes as mudanças o menos possível sem embraiagem, é claro», diz-me o Quim. Ok, vamos tentar em Miranda de Ebro resolver o problema.

Já leram que foram infrutíferas as tentativas de conserto: no agente VW não havia peça tão retro! O Quim tenta fazer uma “tala” no sítio onde partiu o cabo, mas não é viável. Ora então decidimos vir embora assim, vamos tentar. Não me esqueci do “joaninha”! É que nunca mais lhe pusemos a vista em cima, até virarmos para a nossa rota depois de Burgos …

Foi preciso mais concentração e habilidade na condução, mas não é difícil! Ainda em Miranda de Ebro dou três voltas a uma rotunda para não perder a prioridade no meio do trânsito! Na portagem de Burgos, páro antes, o Quim vai pagar para passarmos de lanço – pois! Só que entretanto os outros carros vão-se metendo e foi preciso vir um portageiro parar o trânsito para conseguirmos! Nas vias rápidas era preciso medir a velocidade dos que nos vinham ultrapassar quando havia um camião ou carro lento à frente, para não corrermos o risco de ficarmos “entalados”.

Mas lá teimámos e o Clássico chegou a casa!

Jantámos em Riba de Ave, no “Tio Neca”, como já sabem, o bacalhau no forno que é divinal. Um telefonema ao Vasco Leite que fez o favor de nos acompanhar e de nos colocar também ao corrente das notícias do “Rali do Carnaval”, oferecendo ainda o espumante, que agradecemos (também digo que ele tem lá mais – há um amigo das regularidades que ficou apreensivo!!! – estamos a brincar, amigalhaço transmontano, ok?).

Depois foi outro festim, trocar a nossa bagagem para o 2 CV do Luís para regressarmos a S. João da Madeira, o que fizemos “calmamente” como calculam!

Mesmo assim uma semana Clássica com balanço positivo para nós, pois já pensamos em que Clássico iremos para o ano, se tudo correr bem até lá … Mas não é recomendável um que tenha sido adquirido sem se conhecer o “pedigree” , fazer-se “meia dúzia” de kms, e depois deixá-lo “esquecido” lá na colecção meia dúzia de anos até dar a “vontade” de o utilizar para uma maratona – a revisão de correias, óleos, e outras normas foram efectuadas pelo dedicado “Litos” da XMP, mas quanto ao resto não há adivinhas…

 

Cordiais Saudações Clássicas,

José António.

 

 


 Mais Notícias...